Nos últimos anos, esses grupos
tornaram-se foco de políticas públicas
específicas e de ações desenvolvidas
por diferentes organizações da
sociedade civil. Com isso, verificou-se
uma melhora nos indicadores educacionais
relativos a eles. Mas ainda
há enormes desafios a enfrentar para
garantir a essas crianças e a esses
adolescentes o acesso à escola e a
uma educação de qualidade.
As crianças e os adolescentes das
zonas rurais do Brasil2 – que incluem
os que vivem em comunidades indígenas
e quilombolas – são as mais vulneráveis
às desigualdades verificadas na
educação brasileira. De acordo com o
2 Ao longo desta publicação, as referências às desigualdades
entre o meio urbano e a zona rural não significam uma visão
homogeneizadora das condições de vida das crianças e dos
adolescentes dessas localidades. É preciso considerar as
desigualdades socioeconômicas existentes dentro de cada um
desses contextos sociais.
documento Panorama da Educação do
Campo, publicado pelo Instituto Nacional
de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira (Inep/MEC) em 2007,
com base em dados da Pnad 2004, a
escolaridade média da população de 15
anos ou mais que vive na zona rural
corresponde a quase metade do índice
da população urbana. E as diferenças
permanecem grandes em todas as regiões
do país, até naquelas em que a
taxa de escolaridade é mais alta.
EDUC AÇÃO IN DÍGEN A
E QUIL OMBOLA
Em relação aos povos indígenas, ainda
há muitos obstáculos que impedem
o pleno exercício do direito à
educação. A maioria das escolas não
apresenta infraestrutura adequada
a seu funcionamento e a qualidade
ter entre 16 e 18 anos – e,
portanto, idade suficiente para
cursar o Ensino Médio –, quase
90% não haviam concluído o
Ensino Fundamental. Cerca
de 6% eram analfabetos. Em
São Paulo, estado que hoje
concentra pelo menos 34% da
população dos adolescentes
que cumprem medidas
socioeducativas em meio
fechado no país, os índices
de defasagem educacional são
aprender no brasil 7
evidentes. Segundo informações
da Fundação Casa (Centro de
Atendimento Socioeducativo
ao Adolescente), dos 3.050
alunos matriculados em abril
de 2008 em suas 131 Unidades
de Internação, Internação
Provisória ou Internação
Sanção, apenas 98 cursavam
a série adequada à sua idade.
Quase 97% dos adolescentes
estavam pelo menos um ano
atrasados em seus estudos.
tornaram-se foco de políticas públicas
específicas e de ações desenvolvidas
por diferentes organizações da
sociedade civil. Com isso, verificou-se
uma melhora nos indicadores educacionais
relativos a eles. Mas ainda
há enormes desafios a enfrentar para
garantir a essas crianças e a esses
adolescentes o acesso à escola e a
uma educação de qualidade.
As crianças e os adolescentes das
zonas rurais do Brasil2 – que incluem
os que vivem em comunidades indígenas
e quilombolas – são as mais vulneráveis
às desigualdades verificadas na
educação brasileira. De acordo com o
2 Ao longo desta publicação, as referências às desigualdades
entre o meio urbano e a zona rural não significam uma visão
homogeneizadora das condições de vida das crianças e dos
adolescentes dessas localidades. É preciso considerar as
desigualdades socioeconômicas existentes dentro de cada um
desses contextos sociais.
documento Panorama da Educação do
Campo, publicado pelo Instituto Nacional
de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira (Inep/MEC) em 2007,
com base em dados da Pnad 2004, a
escolaridade média da população de 15
anos ou mais que vive na zona rural
corresponde a quase metade do índice
da população urbana. E as diferenças
permanecem grandes em todas as regiões
do país, até naquelas em que a
taxa de escolaridade é mais alta.
EDUC AÇÃO IN DÍGEN A
E QUIL OMBOLA
Em relação aos povos indígenas, ainda
há muitos obstáculos que impedem
o pleno exercício do direito à
educação. A maioria das escolas não
apresenta infraestrutura adequada
a seu funcionamento e a qualidade
ter entre 16 e 18 anos – e,
portanto, idade suficiente para
cursar o Ensino Médio –, quase
90% não haviam concluído o
Ensino Fundamental. Cerca
de 6% eram analfabetos. Em
São Paulo, estado que hoje
concentra pelo menos 34% da
população dos adolescentes
que cumprem medidas
socioeducativas em meio
fechado no país, os índices
de defasagem educacional são
aprender no brasil 7
evidentes. Segundo informações
da Fundação Casa (Centro de
Atendimento Socioeducativo
ao Adolescente), dos 3.050
alunos matriculados em abril
de 2008 em suas 131 Unidades
de Internação, Internação
Provisória ou Internação
Sanção, apenas 98 cursavam
a série adequada à sua idade.
Quase 97% dos adolescentes
estavam pelo menos um ano
atrasados em seus estudos.
0 comentários:
Postar um comentário